quarta-feira, 3 de abril de 2013

2 de Abril - Aniversário de Capão Bonito - SP



Capão Bonito foi, inicialmente um povoado situado na cabeceira do rio São José de Guapiara, rio que durante o seu curso recebe os nomes de Apiaí-Mirim e Apiaí-Guaçú, originário da serra do Paranapiacaba. Neste local que enfins do século XVII, os primeiros bandeirantes encontraram ouro, ali construindo alguns ranchos para abrigo e iniciando o primeiro povoado das paragens do Paranapanema que levou o nome de Arraial de Guapiara”, distante da atual Capão Bonito 36KM para o sul, sendo depois conhecido pelo nome de Arraial Velho”. A área não havia instituído alvará para mineração, atraindo assim mineiros que chegavam de todos os lados.

Por volta de 1721, tomou posse da mineração no Vale do Paranapanema e as “datas” (porção de terreno com 20 a 22 por 40 a 44 m) foram distribuídas aos requerentes conforme o número de escravos e agregados. Arraial Velho, segundo os historiadores, durou pouco mais de 40 anos e não passou de um clássico arraial de bandeirantes, sendo destruída até a capelinha de pau-a-pique dos primeiros tempos. Daí em diante encontramos duas versões para a continuação histórica: A primeira, divulgada pela Secretaria do Estado e Cultura e por Jurandyr Ferreira, diz que Arraial Velho foi transferido posteriormente para Freguesia Velha (em data não determinada), à margem direita do Rio das Almas, local hoje pertencente ao município de Ribeirão Grande, e emancipado de Capão Bonito em 1991. Em 1840 o Senhor Pedro Xavier dos Passos comprou parte da fazenda Capão Bonito, de propriedade do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, fazendo doação de 150 braças à Congregação de Nossa Senhora da Conceição (726m2). O Padre Manoel Alvarez Carneiro, vigário da Paróquia, edificou no terreno doado uma Capela e para aí transferiu a sede paroquial em 19 de fevereiro de 1843, construindo então uma vila com a denominação de Nossa Senhora da Conceição do Paranapanema.

Uma segunda versão conta que o Arraial Velho, de acordo com o Padre Manoel Luiz Vergueiro, que já era capelão, ficava num sítio afastado, tendo ele de transpor rios caudalosos e outros difíceis obstáculos para dar assistência à população, por isso requereu ao vigário da vara, a mudança do povoado a três léguas (cerca de 18Km) para o norte à margem direita do rio das Almas, onde já existiam garimpeiros. Concedida à permissão, mudou-se o povoado para o novo local com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Paranapanema e posteriormente, Freguesia Velha, a poucos quilômetros do atual município de Capão Bonito. Por volta de 1800, o ouro cessou de aparecer nas bateias. Este fato, aliado ao aumento de produção na região de Minas Gerais, causa uma debandada geral, restando uma povoação de antigos bandeirantes e velhos garimpeiros que, junto a seus descendentes, buscaram na agropecuária outra forma de subsistência, principal fonte econômica até hoje. Pela Lei n 03 de 24 de janeiro de 1843, a região foi elevada a Distrito de Paz com o nome de Capão Bonito de Paranapanema. Em 2 de abril de 1857 o distrito foi elevado à categoria de município e depois a comarca com o nome de Capão Bonito, pela Lei n 91, de 28 de abril de 1883.


Fonte - Prefeitura Municipal de Capão Bonito.

Quem é Silvio de Almeida? Um pouquinho de mim.

Sou nascido e criado em Capão Bonito, SP.
Meu pai, já falecido, era funcionário da Prefeitura Municipal da cidade, onde trabalhava no setor administrativo dos cemitérios municipais.
Meu falecido avô, Silvio Gonçalves de Almeida, foi prefeito de Capão Bonito e seu pai, meu bisavô, seria o famoso Capitão Calixto Gonçalves de Almeida.
Tive como escolas o Mieldazis e o Raul Venturelli.
Saí da cidade com 18 anos e fui morar em Ponta Grossa no Paraná, retornando 2 anos após para Capão Bonito.
Nesses dois anos que trabalhei no Paraná, fazia serviço de roça, quebrava e plantava milho, cuidava de uma granja e também trabalhei na área agropecuária.
De volta a Capão Bonito, trabalhei no antigo Hipermercado Carrossel, hoje Super G, fiquei desempregado e fiz de São Paulo meu destino, onde entrei para a Policia Militar, sendo um dos primeiros colocados no concurso.
Optei por trabalhar na Tropa de Choque, onde aprendi muito sobre disciplina, honra e caráter.
Sempre ia para Capão Bonito, quase todas as semanas, pois minha família continua morando na cidade.
Saia com amigos, tomava umas cervejas, dava risada, curtia bastante.
Depois de 9 anos de serviço, 2 medalhas de honra ao mérito e diversos elogios publicados em boletins internos, houve um desentendimento entre minha pessoa e o comandante da época do Batalhão, onde o mesmo disse que faria de tudo para me expulsar da Corporação.
Um desentendimento idiota, onde eu estava com uma camiseta do Corinthians e ele por ser Palmeirense, já tomado por algumas doses de álcool, pediu para que eu saísse de uma confraternização por estar com a camisa de meu time de futebol.
Eu não saí e continuei, e a partir desse dia, minha vida virou um verdadeiro inferno no Batalhão.
Qualquer coisa que fizesse era usado contra mim, até um dia em que depois de um acidente automotivo, onde o passageiro do meu carro cortou o queixo, tudo se virou de vez contra minha pessoa.
Usaram de todos os meios para me mandar embora, até o dia que conseguiram.
Através de amigos, eu sabia com muita antecedência, que seria expulso da PM por vontade daquele ex comandante, e esse dia chegou.
Alegaram incompatibilidade com o cargo de Policial Militar, mesmo minha folha tendo somente elogios.
Fui a luta, entrei com processo de reintegração, e como já tinha sido orientado por meus advogados, esse processo foi negado.
Quando os advogados prepararam o recurso junto ao Tribunal Superior Militar em Brasília, tendo como certa a minha reintegração, eu pedi para que eles não levassem adiante, pois o que eu já tinha passado, não queria passar novamente.
Desisti da Policia Militar, onde sempre fui exemplo para muitos, apesar de alguns desafetos, e parti para a vida civil, onde com as graças de Deus, superei todos os obstáculos que vieram a minha frente, e com garra e persistência, hoje tenho uma vida digna, uma esposa maravilhosa e sem dever nada a ninguém.
Muitos amigos que deixei para trás, seja da PM, seja dos empregos que eu tive, até hoje mantém contato comigo, e isso demonstra, que mesmo apesar das perseguições, das dificuldades, ainda mantive um bom caráter para as pessoas.
Não me arrependo de nada.
Tenho amigos em todos os meios possíveis.
Dentro da PM. dentro de grandes organizações, dentro da Policia Civil, amigos que partiram para uma vida errada, mas respeito a todos, e eles me respeitam.
Isso é o legal de nossa vida. 
Respeitar a todos, para poder querer ser respeitado.
Não discrimino ninguém, para não ser discriminado também.

Estava esquecendo. O Comandante que pediu minha expulsão, eu perdoei, pois eu penso que se estou vivo hoje, pode ser justamente pelo motivo de ter saído da Corporação.
Deus sempre escreve certo por linhas tortas.
Aliás, apesar de pedir minha expulsão, a própria Corregedoria da PM, analisando os fatos, mas não indo contra o pedido do Comandante, aliviou para Demissão, ou seja, fui mandado embora, por que acharam que eu era incapaz de ser PM, porém sem cometer nada de errado.

Esse é um pedacinho da minha vida, que assim como a todos, se for escrever tudo, dá um livro.

Quer me conhecer mais? 
Perguntem. Fiquem a vontade.
Minha vida é um livro aberto, com muitas experiências, alegrias e tristezas, mas principalmente, muita vontade de viver.